Qual é a estrutura de poder dos grupos privados que operam no país? Quais são os atores que acumulam o maior poder nessa estrutura e qual é a relação entre eles? Qual o grau de influência dessa estrutura de poder, invisível, nas decisões do Estado sobre a direção do desenvolvimento e das políticas econômicas? Como o Estado se relaciona e alimenta essa estrutura de poder e o que isso tem como contribuição efetiva para a sociedade?

Para responder a essas e outras perguntas, criamos este blog.

Não é possível falar de um verdadeiro Estado de Direito Democrático se a sociedade não conhece as estruturas de poder econômico do setor privado e suas influências nas orientações da estratégia econômica e de desenvolvimento do Estado brasileiro. Ainda mais quando sabemos que as ações das empresas e dos bancos com maior capital acumulado, comprometidas com o lucro, geram um impacto negativo e brutal na vida social, econômica, cultural e ambiental do país.

As conexões entre o Estado e os grupos privados, forjadas historicamente, alimentam uma alta concentração de poder econômico, como o ranking revela. Isso nos mostra que por trás de nomes famosos de empresas e o emaranhamento de cadeias de controle existem pessoas. Pessoas que lideram e planejam suas ações, e em muitos casos, são fortemente apoiadas pelo Estado brasileiro, através de financiamento subsidiado, por exemplo, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); bem como para benefícios fiscais e tributários concedidos pelos governos municipal, estadual e federal.
Temos o direito, como cidadãos brasileiros, de exigir a democratização do uso de recursos públicos e seu controle social, tendo acesso a informações sobre onde e como elas são aplicadas.

A atual cortina de fumaça que cobre a estrutura de poder econômico do país, normalmente isenta aqueles que se comportam como donos do Brasil de toda responsabilidade pelos danos e perdas sociais, econômicas, culturais e ambientais gerados pelas ações das empresas que controlam. 

Espero com este blog contribuir para o aumento da transparência sobre fatos ocultos em uma difusa cortina de fumaça, de entrelaçamentos e atores normalmente desconhecidos da população e que interferem fortemente nos rumos do país. 

Não sou libertário, nem anarquista, e definitivamente não sou comunista, nem socialista. Sou realista. Não quero ser simplista reduzindo meu campo de visão a uma única perspectiva, mas acredito que não devemos nos prender a utopias, porque a fome e a miséria não são utópicas.

A partir de uma análise mais realista do mundo, percebo que as concepções conservadoras de livre mercado e de estado mínimo, foram o que proporcionaram os grandes avanços da ciência e tecnologia, os avanços sociais, e mais progresso econômico para todos. Devemos sim, a partir do que já temos, criar soluções reais para eliminar os problemas que temos enfrentado todos os dias. 

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